Agronet

Friday, October 12, 2007

Clipping 12 10 2007 caso Renan

JORNAL DO BRASIL

- Renan é forçado a sair


- Acossado por denúncias no Conselho de Ética do Senado, Renan Calheiros não resistiu ao isolamento e anunciou ontem o seu afastamento da presidência do Senado por 45 dias. A decisão veio após longa negociação, envolvendo o presidente Lula, ministros e parlamentares da bancada governista. Todos receavam que a presença do aliado travasse a votação da prorrogação da CPMF. A oposição reconheceu que a saída de Renan melhora o ambiente entre os senadores, mas insiste em que não garante a validação do imposto para o ano que vem. (pág. 1 e País, págs. A2 e A3)


- O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) foi criado há 17 anos, mas ainda é alvo de críticas de centenas de crianças em uma pesquisa feita em Brasília. (pág. 1 e País, pág. A4)


- O maior desafio para presentear pequenos com planos de previdência é explicar a importância do planejamento financeiro e convencê-los a pensar no futuro. (pág. 1 e Economia, pág. A17)


- A inflação para crianças alcançou 57,14%, pouco acima do acumulado de 2001 a setembro deste ano. Planos de saúde e escola lideraram a alta. (pág. 1 e Economia, pág. A18)


- O dólar ficou abaixo de R$ 1,80 a maior parte do dia de ontem pela primeira vez em sete anos. Chegou a ser negociado por até R$ 1,785, mas acabou em alta de 0,11%, cotado a R$ 1,807. (pág. 1 e Economia, pág. A18)


- Dos mais de R$ 160 milhões destinados a segurança e educação no trânsito este ano, R$ 95,5 milhões ficaram retidos. Em Santa Catarina, Rosinei Ferrari, motorista da carreta que matou 27 pessoas, culpa os freios pelo desastre. (pág. 1 e País, pág. A6)

FOLHA DE SÃO PAULO

- Sob pressão, Renan se licencia

- Após 134 dias de crise e isolado por antigos aliados, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), licenciou-se da presidência do Senado por 45 dias. O primeiro-vice, Tião Viana (PT-AC), assume o posto. Em pronunciamento, Renan disse querer se defender dos processos que enfrenta no Conselho de Ética sem ser acusado de uso do cargo. (pág. 1)

- A estratégia para afastar Renan Calheiros (PMDB-AL) do cargo, montada pelo governo Lula e articulada por senadores aliados, só começou a dar resultado na noite da última quarta-feira, quando "caiu a ficha" do presidente do Senado. Ali, segundo relato de amigos presentes ao encontro, Renan se conscientizou de que estava cassado e que só lhe restavam dois caminhos: "Tentar preservar seu mandato ou se imolar". Traduzindo: pedir licença ou enfrentar um processo no plenário, fadado a ser cassado. (...) (pág. 1)

- Eliane Cantanhêde: Afastamento é eufemismo para renúncia - "Licença" foi só um eufemismo para a renúncia. Ao se licenciar, depois de meses de resistência, Renan Calheiros não terá condições de voltar à presidência do Senado. Nem amanhã, nem daqui a um mês, nem daqui a dois. No pronunciamento à TV Senado, forma de escapar de mais uma incômoda entrevista coletiva, ele justificou que se afastava para evitar constrangimentos, como o do plenário na terça, e disse que enfrentará os processos "à luz do dia". (...) (pág. 1)

- A medida provisória que criou ontem a nova rede pública de TV permitirá a contratação de servidores sem concurso público, com a análise do currículo do profissional, por um período de 36 meses. Isso poderá ser feito durante 90 dias a partir da constituição da nova empresa que vai gerir a TV. A quantidade de funcionários que poderão ser chamados à nova emissora por meio desse mecanismo não está explicitada na medida provisória. (...) (pág. 1)

- A Companhia Vale do Rio Doce vai investir US$ 59 bilhões nos próximos cinco anos, dos quais US$ 11 bilhões em 2008. O montante até 2012 corresponde a 3,3 vezes o empregado entre 2003 e 2007 -US$ 18 bilhões. A empresa vai detalhar o projeto na segunda-feira, na Bolsa de Nova York. (...) (pág. 1)

- A Companhia Vale do Rio Doce vai investir US$ 59 bilhões nos próximos cinco anos, dos quais US$ 11 bilhões em 2008. O montante até 2012 corresponde a 3,3 vezes o empregado entre 2003 e 2007 -US$ 18 bilhões. A empresa vai detalhar o projeto na segunda-feira, na Bolsa de Nova York. (...) (pág. 1)



O ESTADO DE SÃO PAULO

- Renan não resiste e pede licença


- Com um pronunciamento de pouco mais de 2 minutos, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) anunciou ontem que se licencia da presidência do Congresso por 45 dias. Ele disse que desistiu de resistir no cargo por causa da sessão plenária de terça-feira no Senado - quando dez senadores se revezaram em críticas a ele e pedidos para que deixasse a presidência. Foi também nesse dia que o PT abandonou sua defesa e grande parte dos colegas peemedebistas deixaram de apóia-lo. O presidente Lula participou da negociação que resultou na licença. Na quarta-feira Lula pediu que o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), negociasse uma saída, a fim de relaxar o ambiente no Congresso e conseguir a aprovação da prorrogação da CPMF. Coube ao presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP), o recado mais duro e direto a Renan nessa negociação. O Conselho de Ética do Senado tem quatro representações em que Renan é acusado de quebra de decoro parlamentar. Os principais líderes da oposição consideraram que o afastamento veio tarde e negaram ter participado de qualquer acordo para livrar Renan da cassação. Tião Viana (PT-AC) assume a presidência do Senado. (págs. 1 e A4 a A10)


- O governo editou ontem a medida provisória que cria a TV pública. O Conselho Curador da nova empresa terá 20 membros: 4 ministros, 15 pessoas indicadas pelo Planalto e 1 representante dos funcionários. O texto proíbe que parlamentares integrem o conselho. (págs. 1 e A14)


- Grande vencedores do leilão de privatização de estradas no Brasil, os espanhóis enfrentam investigações na Europa. Inquérito aberto no âmbito da União Européia vai apurar se as leis fiscais da Espanha embutem subsídios ilegais para que as empresas daquele país comprem concessões públicas. (págs. 1 e B6)


- Notas e Informações - Talvez as tarifas de pedágio das rodovias concedidas nos primeiros leilões sejam excessivas e se possa baixa-las. Sem sentido é comparar valores em contratos muito diferentes. (págs. 1 e A3)


- A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) investigará suposto vazamento na divulgação de índices de inflação do IBGE. A informação foi dada pelo Superintendente de Relações com Mercado e Intermediários da CVM, Waldir de Jesus Nobre. "Vamos fazer a investigação, não há dúvida", disse, ressaltando que ela será "bem difícil". Na quarta-feira, o IBGE divulgou um IPCA inferior às estimativas mais otimistas. Estranhamente, porém, a reação do mercado de juros futuros foi insignificante, como o Estado registrou ontem. No dia anterior, ao contrário, os negócios foram intensos na área. O presidente do IBGE, Eduardo Nunes, disse que no órgão não ocorreu vazamento. (págs. 1, B1 e B3)

O GLOBO

- Isolado, Renan se afasta por 45 dias mas pode não voltar


- Após perder as condições de continuar comandando o Senado, e depois de cinco meses da pior crise da história da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL) pediu licença de 45 dias da presidência. Abatido, fez um pronunciamento na TV Senado para anunciar o afastamento e dizer que se defenderá. Com isso, o vice-presidente, o petista Tião Viana (AC), assume com a principal missão de conseguir, para o governo, a aprovação da emenda que prorroga a CPMF até 2011. Desde a tumultuada sessão de terça-feira, quando teve de abandonar o comando após inúmeros apelos para que deixasse a presidência, Renan percebeu que só perdia apoios. Anteontem à noite, num jantar com aliados, foi convencido de que não tinha opção a não ser se afastar. Ainda tentou um acordo com a oposição para salvar seu mandato, mas a resposta foi negativa. As quatro representações por quebra de decoro contra ele estão mantidas e podem levar à sua cassação. Os senadores apostavam que, mesmo após os 45 dias de licença, Renan não terá condições de voltar ao cargo. "Não há retrocesso. Se ele retornar à presidência, volta a crise, porque ele perdeu a condição de presidir o Senado", disse Jefferson Peres, relator de uma das representações no Conselho de Ética. Horas antes do anúncio da licença, o líder do PMDB, Valdir Raupp, reconduziu Jarbas Vasconcelos (PE) e Pedro Simon (RS) à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), de onde tinham sido tirados por pressão de Renan. (págs. 1 e 3 a 9)


- Com a licença de Renan Calheiros, o governo lançou ofensiva no Senado para tentar aprovar a CPMF antes do fim do ano. Numa corrida contra o tempo, o líder Romero Jucá e os ministros Guido Mantega (Fazenda) e Walfrido dos Mares Guia (Relações Institucionais) se reuniram com o presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Marco Maciel, a quem pediram pressa na tramitação da emenda. Jucá disse que vai apresentar um relatório alternativo, Kátia Abreu, continuar contra a prorrogação. Mantega voltou a ameaçar com aumento de impostos. (págs. 1 e 11)


- Os caminhões estão envolvidos em 36% dos acidentes nas estradas brasileiras, mais de um terço do total, mostra estudo realizado pela UFRJ. Em 66% dos casos, falhas humanas são a principal causa dos desastres, e, nas ocorrências com vítimas fatais, 41% dos caminhoneiros disseram estar sob efeito de álcool. (págs. 1 e 13)


- Empresas que já administram rodovias federais pedem mais graças para cobrar pedágios. Só assim, segundo elas, será possível baixar o preço cobrado. (págs. 1 e 29)

GAZETA MERCANTIL

- Investimento industrial afasta risco de inflação


- O Grupo Votorantim anunciou ontem ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva investimentos de R$ 25,7 bilhões na expansão de suas operações no Brasil entre 2008 e 2012. O montante será direcionado a diversos setores e, segundo a direção da empresa, a maior parte para consumo interno. O mercado doméstico é também o principal alvo dos R$ 192 milhões que a Mangels, fabricante brasileira de rodas de alumínio, vai aplicar até 2009, no maior programa de investimentos da companhia no País.

A continuidade do consumo nacional aquecido elevou o uso da capacidade instalada para o maior nível dos últimos 30 anos. Pouco estocada e no limite da capacidade, a indústria corre para fazer frente à demanda.

Para economistas ouvidos por este jornal, o resultado será a estabilização do nível de uso da capacidade, fruto da maturação de investimentos. E, mais importante: o fim do fantasma de 2004, quando a produção aquecida levou a forte pressão inflacionária.

"Os investimentos só acontecem com Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) apertado. Essa pressão é positiva para a ampliação da capacidade produtiva da indústria, que permitirá responder ao aumento da demanda com uma ampliação da oferta e não de preços", afirma o economista do BNP Paribas Eduardo Yuki. No campo, o fenômeno se verifica em laticínios, frigoríficos, moinhos, usinas e até em empresas de insumos, estimuladas pela maior produção de grãos. O setor sucroalcooleiro, por exemplo, triplicou seu parque industrial. (págs. 1, A-8, A-9 e A-10)


- "Agora, o governo perdeu o medo de privatizar", acredita Paulo Resende, consultor de transportes da Fundação Dom Cabral, ao se referir ao forte deságio oferecido pelas três empresas vencedoras do leilão de rodovias federais ocorrido na última terça-feira. "O ganho político é enorme. Será inevitável a comparação com o modelo paulista e o primeiro lote que privatizou a via Dutra em 1997." Ambos incluíram valor de outorga.

A redução do pedágio foi possível graças à dispensa desse valor da outorga. Com essa dispensa, o modelo federal colocou taxa de retorno do investimento abaixo de 10%. Mas estipula os investimentos que deverão ser feitos nas estradas.

A medida foi defendida pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, que enfrentou resistência antes de emplacar seu ponto de vista. No governo, a maior resistência foi do Ministério da Fazenda, que, além de abrir mão da arrecadação que teria com a outorga, vai recolher menos impostos sobre o preço dos pedágios, mais baratos. (págs. 1, A-8 e C-4)


- Deputados do Nordeste se esforçaram para não desagradar aos eleitores durante a votação que prorrogou a CPMF até 2011, na madrugada de ontem. Beneficiária de mais da metade do Bolsa Família, a região foi responsável por apenas 25 dos 113 votos contra o imposto. (págs. 1 e A-11)


- Antonio C. de Lacerda - Sempre fomos rápidos em elevar os juros, mas não ousados para baixá-los, como seria possível. (págs. 1 e A-3)


- O plenário do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, ontem, pedido de mais informações sobre as áreas financeiras envolvidas na operação de compra do ABN Amro Real pelo banco Santander. O órgão deu até 30 dias para que entreguem os dados. (págs. 1 e A-14)


- O senador Romeu Tuma, que deve ir do DEM para o PTB, disse a este jornal que vai recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para obrigar o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), a desengavetar o requerimento de abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, apresentado há um mês.

Tuma deverá se pronunciar hoje na tribuna do Senado contra o que classificou de corpo mole do presidente da Casa. (págs. 1 e A-13)


- A Petrobras cobra do Equador maior esclarecimento sobre a medida que determina o pagamento ao governo de uma receita extra com a venda do petróleo. (págs. 1 e C-2)


- Enquanto grandes projetos hidrelétricos estão em discussão e com o País na iminência de novo racionamento, fontes alternativas de geração de energia elétrica são consideradas umas das principais saídas. O Programa de Incentivo às Fontes Alternativas, do governo federal, é uma demonstração do potencial do Brasil para esse tipo de energia. (pág. 1)


- A Energias do Brasil (EDB), controlada pela Energias de Portugal (EDP), planeja investir na produção de álcool para garantir o abastecimento de suas térmicas. Mas a empresa, que detém ativos em geração, distribuição e comercialização, enfrenta dificuldade para encontrar parceiros no setor alcooleiro. "Para a geração através da biomassa são necessárias garantias para um horizonte de, no mínimo, 15 anos e, no momento, não estamos encontrando parceiros que nos forneçam a matéria-prima", disse Custódio Miguens, vice-presidente de geração da EDB. (págs. 1 e C-2)


- Após avançar 0,47% em agosto, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) surpreendeu os analistas e fechou setembro com alta de 0,18%. O indicador, que baliza a política de metas de inflação do governo, acumula no ano alta de 2,99%. Nos últimos 12 meses, a variação acumulada é de 4,15%. (págs. 1 e a-7)

CORREIO BRAZILIENSE

- Tchau, Renan


- Depois de quase cinco meses de crise e de cinco processos no Conselho de Ética, Renan Calheiros não resistiu. Ele anunciou ontem a decisão de se licenciar por 45 dias da Presidência do Senado. Tomou a iniciativa depois que o governo, temendo pôr em risco a CPMF - uma bolada de R$ 40 bilhões -, lhe deu um ultimato. Enviados pelo Planalto, Sarney, Jucá e Mares Guia levaram a Renan o seguinte recado: caso se afastasse do cargo, ainda teria 20% de chances de escapar da cassação. Se não, poderia dar adeus ao mandato. Nos próximos 45 dias, o petista Tião Viana deve presidir a Casa. Quanto a Renan, mesmo se não for cassado, são remotas as possibilidades de ele voltar ao comando do Senado. (pág. 1 e Tema do Dia, págs. 2 e 3)


- Presidente lança programa de R$ 2,9 bi para jovens. E afirma que Estado só deve induzir políticas públicas. (págs. 1 e 11)

VALOR ECONÔMICO

- IPOs das bolsas renderão R$ 10 bilhões a corretoras


Deve ser a operação "mais quente" do ano. É o que se diz no mercado sobre a abertura de capital da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), que deverá ocorrer nos próximos meses. No mesmo período, será concluída a oferta de ações da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). Essas operações - mais a venda de 10% do capital da BM&F à empresa americana General Atlantic, por R$ 1 bilhão - vão encher os cofres das corretoras e de alguns bancos com mais de R$ 10 bilhões. Essas instituições, os principais proprietários das duas bolsas, detêm títulos pratimoniais que serão agora transformados em ações com direito a voto (ON).

As corretoras não falam sobre o assunto, por causa da "lei do silêncio" imposta pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nas ofertas públicas. Mas, confidencialmente, manifestam a certeza de que, após os IPOs das bolsas, o setor vai passar por um período de fusões e aquisições, conseqüência imediata da capitalização das corretoras. As instituições resultantes desse processo de consolidação, com porte maior, serão as candidatas à próxima leva de abertura de capital.

Os grupos mais beneficiados pelo IPO da Bovespa serão o Unibanco, que deverá receber cerca de R$ 396 milhões, e os estrangeiros Credit Suisse (R$ 324 milhões) e UBS Pactual (R$ 288 milhões). As corretoras estrangeiras precisavam ter pelo menos 12 títulos patrimoniais da bolsa para ter direito de operar no pregão, o dobro do exigido para as nacionais. Por isso, detêm boa parte dos títulos.

No caso dos bancos brasileiros, os títulos foram acumulados após o intenso processo de consolidação dos últimos anos. Itaú e Santander, por exemplo, detêm mais de 5% do capital da Bovespa, cada um, em razão das várias aquisições de concorrentes no passado.

Para os bancos médios, o IPO das bolsas será uma oportunidade de capitalização praticamente sem custos. Algumas dessas instituições, que abriram capital recentemente, chegaram a citar, nas apresentações aos investidores, a perspectiva desse ganho. Vários bancos transferiram a posse dos títulos das corretoras para seu patrimônio, já na expectativa da venda desses papéis. O Banco Paulista, por exemplo, que chega à bolsa em 2008, pode se beneficiar desse ganho. A Socopa, corretora do grupo, deve receber R$ 23,5 milhões com o IPO da Bovespa. (págs. 1 e C1)


- Maria Inês Nassif: infidelidade é o menor dos problemas do ex-PFL. (págs. 1 e A8)


- Maria Clara R.M.do Prado: alimentos ameaçam meta de inflação.(págs. 1 e A15)


- Carlos M. Gutierrez: como parceiros, EUA e Brasil podem exercer liderança positiva e firme na AL. (págs. 1 e A15)


- O crescimento orgânico, aliado à boa perspectiva de aquisições no exterior, vai marcar uma nova fase de expansão da Companhia Vale do Rio Doce. A mineradora brasileira costura um ambicioso plano de crescimento para os próximos quatro a cinco anos, com investimentos que poderão exigir recursos de US$ 40 bilhões a US$ 50 bilhões.

Nas próximas semanas, a companhia anuncia um programa de investimentos para 2008 da ordem de US$ 10 bilhões, muito acima dos US$ 7,5 bilhões investidos neste ano, conforme informação que circulou esta semana em relatório da Merrill Lynch. Na projeção do Citibank, a Vale não deverá fazer grandes aquisições até o próximo ano. Mas 2008 é visto como um bom momento para a empresa planejar um grande lance em seu processo de internacionalização. (págs. 1 e B8)


- A 18 dias da eleição, o presidente argentino Néstor Kirchner anunciou um acordo com os grandes supermercados para reduzir os preços em 5%. A medida foi recebida com ceticismo e indica que a inflação não teve seu ímpeto debelado, como afirma o governo.

Kirchner já fez um sem número de acordos com os supermercados, distribuiu milhões de pesos em subsídios aos produtores, colocou um "xerife" raivoso para ameaçar empresários que aumentam os preços - o secretário de Comércio, Guillermo Moreno - e terminou promovendo uma polêmica intervenção no órgão oficial que calcula a inflação. Nada funcionou.

A CEC, a Deuco e outras três entidades de defesa do consumidor e ligadas aos pequenos e médios varejistas comemoram uma bem-sucedida guerra contra a alta dos preços do tomate, de 400% em dois meses. Esta semana, conclamaram a população a não comprar o produto e tiveram grande adesão. Para os produtores, o motivo da alta foram as geadas nas principais regiões produtoras.

Com o boicote, já no primeiro dia o preço do tomate no Mercado Central de Buenos Aires caiu 30%, porque as vendas diminuíram 40%. Animadas com o sucesso, as entidades prometem abrir uma nova frente de batalha, desta vez contra as batatas e abóboras, que acumulam alta de mais de 100% nos últimos dois meses. (págs. 1 e A11)

OUTROS JORNAIS


JORNAL DO COMMERCIO (PE)


- Renan sai de cena


- Pressionado por opositores, aliados e amigos, Renan Calheiros se licenciou da presidência do Senado por 45 dias. A decisão facilita tramitação da CPMF. Em outro recuo, o líder do PMDB, Valdir Raupp, pediu a volta de Jarbas e Simon à CCJ. (pág. 1)


- Queda do dólar começa a aliviar o bolso do consumidor. (pág. 1)





http://clipping.radiobras.gov.br/novo/

Renan Calheiros pede licença do cargo por 45 dias

O coco foi, finalmente, arrancado. Em pronunciamento transmitido pela TV Senado, Renan Calheiros anunciou a decisão de licenciar-se da presidência do Senado por 45 dias. "O poder é transitório, enquanto a honra é poder permanente que não sacrifico em nome de nada", disse um Renan abatido, bem diferente daquele senador que, sitiado por suspeições, vinha se recusando, há arrastados cinco meses, a deixar o comando do Senado.



"Agindo assim, afasto de uma vez por todas o mais injusto pretexto para dar corpo às representações, enviadas sem qualquer indício ou prova ao Conselho de Ética. Com esse gesto, preservo a harmonia do Senado, deixo claro o meu respeito aos interesses pelo país", disse também Renan em seu pronunciamento.



Ele acrescentou: "Vou me defender à luz do dia, com dignidade, sem subterfúgios. Não lancei mão das prerrogativas de presidente do Senado. A minha trincheira de luta sempre foi a trincheira da inocência."



Com essa decisão, Renan volta à planície do Senado. Quer retornar ao cargo. Algo que dificilmente vai ocorrer. Assume temporariamente o comando do Senado o vice-presidente Tião Viana (PT-AC). Caberá a ele conduzir a Casa num instante em que se discute a emenda que prorroga a CPMF. A expectativa do Planalto é que a saída de Renan, ainda que temporária, desobstrua os canais de negociação com as legendas de oposição, especialmente o PSDB.

Escrito por Josias de Souza

Entenda por que Renan deixou o comando do Senado

Há uma semana, instando por um amigo, pela enésima vez, a pedir licença da presidência do Senado, Renan Calheiros lembrou Jader Barbalho: “Se eu deixar o cargo, vou acabar algemado como o Jader”. Referia-se a um episódio (foto) que não lhe sai da cabeça: em 2002, depois de ter renunciado à presidência do Senado, Jader Barbalho, acusado de desvios na Sudam, foi preso pela Polícia Federal. Hoje na Câmara, Jader disse a Renan que, fora da presidência, ele seria “humilhado”.



Ao optar pela licença, em vez da renúncia, Renan tenta atenuar os riscos de que venha a ser vítima do “efeito Jader”. O senador ainda acalenta a esperança de retornar ao cargo. Algo que a oposição tentará evitar a todo custo.



Renan acabou fazendo por pressão o que não fizera por opção. Oficialmente, o Planalto nega interferência. Conversa fiada. Coube a Lula o empurrão derradeiro, que arrancou Renan da cadeira. Preocupado com a CPMF, o presidente pediu que fosse acelerada a articulação para que Renan fosse desalojado. O gesto de Lula forçou o “aliado” a enxergar algo que já se tornara óbvio na última terça-feira (9), dia em que ruiu a estrutura que mantinha o coco pendurado no coqueiro.



A terça-feira fatídica foi um divisor de águas no Senado. Nesse dia, ficou claro que a crise Renan deixara de ser uma briga entre oposição e governo. Convertera-se num movimento suprapartidário de legítima defesa. Consolidou-se a impressão de que, ao espionar e investigar os colegas, Renan extrapolara, fugira ao controle. E precisava ser detido. No plenário, Renan ouviu, entre irritado e constrangido, uma dúzia de exortações para que deixasse o cargo.



Naquele mesmo dia, em conversa com Lula, um senador do PMDB informara ao presidente que a crise mudara de patamar. Ou o governo retirava o apoio a Renan ou a CPMF, que já havia subido no telhado, poderia ser rejeitada. Na quarta, reunido com Romero Jucá, Lula autorizou a operação para compelir Renan à licença.



Depois de uma conversa com o próprio Renan, Jucá reuniu-se com a oposição no gabinete de Arthur Virgílio (AM), líder do PSDB. Lá estavam, além de Jucá e Virgílio, o líder do DEM, José Agripino Maia (RN), o espionado Demóstenes Torres (DEM-GO) e dois grão-tucanos: Tasso Jereissati (CE), presidente do PSDB, e Teotônio Vilela Filho, governador de Alagoas.



Jucá queria trocar a licença de Renan pelo compromisso da oposição de preservar o mandato de Renan. Agripino Maia disse que não tinha condições políticas de assumir nenhum tipo de compromisso: “O Renan acusou-me de ter benefícios. Depois, fez insinuações em relação ao meu filho [Felipe Maia]. Se recuar agora, vai parecer que devo alguma coisa. Não tem a menor chance.” Também Tasso e Virgílio recusaram, nesse primeiro contato, a hipótese de composição do PSDB com Renan.



Consultada, Ideli Sanvatti (SC), líder do PT, repassou a Jucá uma impressão diferente: disse que a maioria da bancada de 12 senadores do PT evoluíra para a defesa do afastamento de Renan. Consumado o afastamento, haveria espaço para negociar a imposição de penas mais brandas ou mesmo da absolvição de Renan. Na seqüência, auxiliado por José Sarney (PMDB-AP) e pelo governador Teorônio Vilela, Jucá fez ver a Renan que, permanecendo no cargo, sua cassação era certa. Fora da cadeira, haveria chances de preservação dos direitos políticos. E Renan, finalmente, assentiu.

Escrito por Josias de Souza

Lula queria licença de 120 dias; Renan só topou 45

Senador tem receio de ser abandonado à própria sorte

Sem ajuda, ameaça voltar a tempo de atrapalhar CPMF

Planalto pedirá ao PT que evite a “hostilidade gratuita”



Ueslei Marcelino/Folha




O governo estima que, no Senado, a votação da emenda da CPMF, em dois turnos, será concluída entre os dias 5 e 20 de dezembro. Para evitar percalços, Lula e seus operadores políticos defenderam reservadamente que Renan Calheiros se licenciasse do cargo por 120 dias. O senador recebeu a sugestão com um pé atrás.



Renan farejou o cheiro de abandono no ar. E decidiu prevenir-se. Encurtou a licença para 45 dias. Durante a negociação que levou ao seu afastamento, deixou claro que, se necessário, pode estender o período da licença. Deu a entender, porém, que, ao menor sinal de puxada de tapete, pode voltar antes do final de novembro.



Embora considere remotas as chances de que Renan retorne ao cargo, nos próximos dias, por recomendação de Lula, o Planalto vai pedir moderação aos partidos governistas com assento no Senado, em especial ao PT. O argumento será o de que Renan, ao licenciar-se, fez o gesto que todos cobravam dele desde a absolvição no primeiro processo, em 12 de setembro. Não haveria mais razões para o que um auxiliar de Lula chamou de “hostilidade gratuita”.



Embora em prazo mais curto do que o planejado, a licença de Renan foi celebrada no Planalto. As digitais de Lula foram impressas no coco de forma indelével. Mas o presidente mandou dizer, por meio da assessoria, que não escalou o coqueiro: "Sempre disse que a crise era do Senado, que a solução deveria vir do Senado e foi o que aconteceu."



Aproveitando-se da interinidade de Tião Viana (PT-AC), o Planalto pretende intensificar as negociações em torno da emenda da CPMF. Nesta quinta-feira (11), o ministro Guido Mantega (Fazenda) tratou de amenizar as declarações belicosas que fizera na véspera. Romero Jucá, líder de Lula no Senado, levou ao Planalto uma planilha em que são computados 43 votos garantidos a favor da emenda. Para aprová-la, o governo precisa de 49. Acha que não terá dificuldades quanto aos votos. Lula revela-se mais preocupado com os prazos.



A relatora da CPMF, Kátia Abreu (DEM-TO), não tem a menor pressa. Embora já tenha firmado posição contra a renovação do imposto do cheque, vai usar os 30 dias que o regimento lhe faculta para a elaboração de seu parecer. O governo encomendou a Romero Jucá a elaboração de um texto alternativo ao da senadora ‘demo’. Em seguida, o governo medirá forças com a oposição na comissão de Justiça e no plenário do Senado.



Simultaneamente, o governo terá de administrar a crise Renan. Inicialmente, o presidente do Senado, agora licenciado, tramava jogar para 2008 a análise dos processos que ainda responde no Conselho de Ética. Nas últimas 48 horas, convenceu-se de que a hipótese de que isso venha a ocorrer, numa escala de zero a dez, situa-se num patamar abaixo de zero.



Renan luta agora para obter, com a ajuda de Lula, a benevolência de seus pares. Alega que já pagou um preço maior do que as culpas que não admite ter. E espera que seu mandato não seja passado na lâmina. Em ultra-reserva, admitiu inclusive a alternativa de renunciar definitivamente ao cargo de presidente do Senado se, em troca do sacrifício, a maioria do Senado concordar em preservar-lhe o mandato e os direitos políticos. Se depender da retórica de líderes oposicionistas, o coco, depois de arrancado, será aberto e triturado.

Escrito por Josias de Souza

Juiz de Uberaba decreta prisão de Anderson Adauto

Jornal de Uberaba
Incluído pelo STF no enorme banco de réus do mensalão, Anderson Adauto, ex-ministro dos Transportes de Lula, enfrenta, desde a noite passada, uma nova encrenca judicial. Prefeito de Uberaba, Adauto teve sua prisão decretada por um juiz da cidade. O magistrado tem o sugestivo nome de Lênin Ignachitti.


O decreto de prisão tornou-se manchete da edição desta sexta-feira (12) do diário “Jornal de Uberaba”. A notícia informa que, além da prisão, o juiz Ignachitti decretou o bloqueio dos bens do prefeito. A quizila nasceu de negócios supostamente irregulares realizados entre Secretaria de Saúde municipal e uma empresa chamada Home Care. Teria havido superfaturamento na compra de remédios. O mandado de prisão não foi, por ora, cumprido.

Escrito por Josias de Souza